quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O cocô no lugar errado

Tem melhorado no meu bairro esse péssimo habito dos donos de cachorros de deixar o cocô nas calcadas. Cartazes de conscientização tem tido esse efeito benéfico. Mas me parece que nesse caso como em outros, precisamos também de um pouco de repressão para complementar a educação....

Nada como pagar uma multa pesada para se conscientizar :)....

No momento podemos talvez filmar e fotografar os porcos e colocar eles na internet....

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A agua no lugar errado.

Chuva forte hoje no momento onde ficamos sem água no meu prédio por causa da lavagem dos tanques.

Faltando água do Paraguaçu para cozinhar e lavar os pratos, tivemos que nos aventurar para ir comer no restaurante do outro lado da rua. Como a rua tinha virado rio -pior, um rio atravessado por carros em alta velocidade - foi uma aventura terrível que percorrer os 100 metros que nos separam do restaurante. Tivemos que contornar, saltar, aguardar as sinaleiras fechar e andar com os guarda-chuvas na vertical para de proteger dos carros.

Fiquei pensando no grande paradoxo que é experimentar essa falta de água enquanto tem tanta água caindo. Se os predios tivessem algum sistema para reter e acumular água da chuva não teria precisado sair.... e não teria tanta água na rua...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Imposto sobre bicicletas


Os carros matam mais de uma pessoa por dia em Salvador. Poluem pelo movimento, pelo barulho, pelas emissões poluentes. Os carros estão matando o planeta e impedindo todo mundo de circular em Salvador que virou um engarramento quase permanente.

Solução do governo para sair dessa crise: eliminar os impostos sobre os veículos motorizados ! Captaram a logica?

Parece que tem outras pessoas que estranham esse ideia de incentivar a destruição do planeta...

Acabei de aderir a campanha contra os impostos sobre bicicleta.

Quem quer apoiar pode visitar aqui.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Calçadas

Uma divertida carta ao leitor na Tarde de hoje onde o autor recomenda que se proíba de andar a pé em Salvador para não atrapalhar o transito me faz pensar sobre a deplorável situação das calcadas.

Recentemente um motorista saindo duma garagem subterrânea me sugeriu que eu deveria ficar segurando a mão de meu filho de 6 anos.... Que cidade é essa onde as crianças são ameaçadas nas calçadas? Nessa idade eu ia na escola andando atravessando varias ruas.

Porque o pedestre precisa ficar atento ao caros que saiam das garagens, aos excrementos caninos, aos buracos, aos equipamentos urbanos, ao caros que invadem... ?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Formulações poéticas

As minhas divagações sobre a poluição urbana inspiraram uma criativa blogueira a compor poesia: http://juhcordeiro.blogspot.com/2009/06/poluicao.html

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Lixo e lixeiras em Salvador

Muito paradoxal o tratamento dado ao lixo e as lixeiras em nossa cidade....

Cada semana atravesso varias vezes a passarela que liga a rodoviária ao Shopping Iguatemi. Sempre fico estarrecido quando olho para baixo: a quantidade de lixo è assustadora. Em particular tem copos e papelzinhos. Sempre tem alguem que distribui papelzinos de propaganda que as pessoas pegam e jogam fora... A maior parte acaba imediatamente ou eventualmente no canal que já foi um rio...

Nessa passarela freqüentada cotidianamente por milhares de pessoas, dezenas de milhares de pessoas acredito, não se encontra nenhuma lixeira.

Perto de minha casa, na entrada do Stiep, acabou de ser finalmente inaugurada uma nova praça depois de vários anos de construção . Trata-se de uma praça pequena e de pouco interesse. É pouquíssima frequentada. Nessa praça contei 18 lixeiras. Todas se encontravam vazias. Além de ser inútil, isso beira a poluição visual...

Qual seria a logica de colocar tantas lixeiras onde não vai ninguém, não tem vendedor nem distribuidor de papelzinho e de colocar nenhum num dos lugares da cidade onde mais precisa?

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Educação em Salvador

Vi na tarde de ontem uma reportagem sobre os resultados do ENEM....
São desoladores os desempenhos dos alunos de escola da Bahia.

Não temos futuros sem melhoras na educação.

Uma coisa que também me entristeceu e que o jornalista da Tarde aparentemente não aprendeu a interpretar estatísticas... Talvez seja culpa da escola do ensino médio. O talvez quem se forma em jornalismo não cursa nada de matemática.

A tarde faz um título destacando as piores escolas. Ora qualquer aluno de ensino médio competente deveria entender que não podemos inferir a qualidade duma escola a partir do desempenho dos alunos. Tem muito mais variáveis envolvidas e de maneira geral o problema é mais embaixo. Para melhorar a educação precisa primeiro melhorar a educação infantil.....

Mandei a respeito da reportagem a carta seguinte para A Tarde:

Interpretação equivocada


A Tarde de hoje (29-4-2009) comunica resultados assustadores do ENEM que são contextualizos com propriedade através de entrevistas e descrição da realidade de algumas escolas. Mas, o jornal erra feio em interpretar indicadores de desempenho dos alunos como indicadores da qualidade das escolas. O ENEM somente permitiria avaliar as escolas se todos os alunos fossem iguais desde a entrada no ensino médio. Ora, todo mundo sabe que nada é mais falso! A Helyos de Feira de Santana não trabalha com os mesmos alunos que o Colégio Estadual Dois de Julho.

Outra possibilidade seria medir também o desempenho dos alunos na saída do ensino fundamental, o que possibilitaria avaliar se escolas de ensino médio melhoram ou pioram seus alunos. Na ausência desses dados, apontar escolas como as piores ou as melhores não faz sentido e pode contribuir equivocadamente para colocar a culpa em professores e diretores que têm a tarefa complicada de educar os alunos menos preparados ou que vivem em condições menos propícias ao estudo.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Cidade alagada

A estacão dos alagamentos começou.


O soteropolitanos adoram culpar a prefeitura mas continuam jogando lixos na rua que contribui ao entupimento dos sistemas de evacuamento da aguá.

A cidade é cada vez mais impermeabilizada. As arvores que podem interceptar ate 40% da aguá da chuva antes dela atingir o chão continuam sendo impiedosamente eliminadas pelo devolvimento urbano. Gramados, terra, quintal são substituidos por monstros de concretos.

Na minha rua acabou de ser inaugurado ume predio novo. Uma torre alta foi erguida onde tinha uma escola com muito espaço externo e arvores. Seguindo o padrão habitual, o lote foi impermeabilizado a pelo meno 99%. Onde vocês acham que vai a aguá que cai nesse lote?

Não sou a priori contra prédio alto mas precisamos nos preocupar com sustentabilidade. Queremos mesmo morar numa cidade cada vez mais quente e alagada? A responsabilidade deve ser compartilhada. A maior parte da agua que alaga as ruas cai sobre propriedades privadas. Ela pode ser retida la se tiver arvores, sistema de retenção da agua, tetos verdes, gramados ou até estacionamento que permite de absorver parte da agua.

Bastaria ter regras nesse sentido o que existe em varios lugares do mundo. Se quer erguer uma torre alta em algum lugar... Tudo bem mas tera uma contrapartida para não comprometer a cidade: mas alta a torre mais deverá ter espaço arborizado ao redor do emprendimento. Predios altos poderiam ser obrigados a ter tetos verdes como em Tokio. Não deveria ser autorizado cortar arvores existentes sem plantar e cuidar de um numero maior de arvores.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Ciclovia em Salvador : situação no Costa Azul



A ciclovia da orla esta concluída. Na cidade grande das Américas com menos km de pista, trata-se de uma conquista... Embora a pista para brutalmente nas duas extremidades e fica interrompida frente ao clube português e na Pituba, onde faltou espaço por causa das barracas que não se consegue eliminar e que ficam perto demais das calçadas.

Agora a parte da ciclovia mais perto de minha casa, a proximidade da passarela do Costa Azul, já esta completamente destruída.

A obra acabou e a ciclovia já esta em decomposição e além do mais ficou sem calçadão.... Não é por falta de espaço... Alias a calçada foi destruída anos atras, imagino para construir uma coisa melhor no lugar... Só que permanece há anos uma banda de areia que o vento forte da orla leva nos olhos dos caminhantes....

quarta-feira, 11 de março de 2009

Agricultura urbana

Em Montreal, minha cidade natal, no Canadá, e extremamente comum as pessoas cultivar alimentos.

Numa sociedade sem tanto desprezo pelo trabalho manuel como o Brasil, jardinar é um dos laser preferido. Alem do mais cultivar seus legumes e temperos permite o acesso a alimentos extremante frescos e de boa qualidade. Sem falar dos prazeres visuais e olfativos de conviver com a sua futura comida e da dimensão ecológica do processo.

Quem não tem quintal para plantar, usa as janelas, as escadas, as varandas e até os tetos. Existe também um programa da prefeitura que permite o acesso a jardins comunitários.

Claro que essa atividade é reduzida ao período onde o clima a permite... menos de metade do ano...

Fiquei muito surpreendido quando cheguei em Salvador de descobrir que ninguém cultivava nada. Alias todas as pessoas que conheci que cultivem uma coisa importaram esse habito do exterior...

Não seria uma boa cultivar mais?

segunda-feira, 9 de março de 2009

Por que um blog?

Salvador é uma cidade maravilhosa por sua historia, sua situação geográfica, suas belezas naturais e arquiteturas, seu clima ameno, e a generosidade e amabilidade de sua população.

Entretanto é também uma cidade castigada pelo desenvolvimento desordenado alimentado pela ganancia dos construtores, pela falta de regras urbanísticas voltada para o desenvolvimento sustentável e pelo regresso constante do espaço publico e da urbanidade. Precisa também acrescentar claro os comportamentos pouco cívicos ou francamente agressivos de parte de população que desrespeita as regras feitas para assegurar uma convivência urbana pacifica.

A traves desse blog, gostaria de refletir sobre os problemas que reduzem nossa qualidade de vida, encontrar pessoas que compartilham as mesmas preocupações e tentar contribuir para melhoras.