quarta-feira, 27 de abril de 2011

Enfim chegando de verdade na Bahia

Cheguei em Salvador no milenar passado em 1999 mas me parece estes dias que cheguei agora. Desembarquei na verdade numa cidade de Salvador que não tinha nada a ver com o Salvador de Bahia de todos os Santos que eu tinha conhecido anteriormente através dos romances de Jorge Amado, de umas canções de Bernard Lavilliers e Georges Moustaki e até nos guias turísticos.


Vivi esse tempo todo numa cidade que más lembrava meu primeiro livro didático de português: todo mundo era medico ou engenheiro, andava de carro de luxo... Com taxa de condomínio superior ao salario minimo... Um universo de elevadores, empregados e porteiros onde não se fala com os vizinhos. Um universo onde nada evoca as raízes africanas, com sua religiosidades, seus ritmos, seus rebolados... Um universo acético... muito mais parecido (embora muito mais chato!) com o mundo do qual sou oriundo que a Bahia que eu tinha imaginado e que agora, enfim, estou re-descobrindo como residente do Tororó.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Travessia de pedestre


Saindo do Tororó tive a sorte de penetrar nesse maravilhoso parque histórico.....

Falo em sorte porque este parque anda sempre fechado....
No portão de entrada, nenhuma indicação de horário. Estou achando que só abre quando a prefeitura (que tem instalação ao lado) faz a limpeza!

Depois, quis atravessar a rua com meu filho para andar na calçada do dique.... A priori, nada mais simples, pois tem uma faixa de pedestre na frente (sem semáforo). Segundo o código de transito, não parar na faixa de pedestre é uma falta gravíssima que leva a uma multa pesada e perda de pontos na carteira... Mas os motoristas de Salvador consideram que é feito para enfeitar o asfalto:




Depois de ver passar mais de 60 carros que não pararam inclusive um da transalvador (!!!), aproveitamos não de um motorista educado mas duma brecha no fluxo para correr atravessando....

Mas não todo pedestre tem pernas boas. Esse desrespeito impossibilita o deslocamento para pessoas com alguma deficiência que não conseguem atravessar a rua correndo...



Outra consequência lamentável é que a prefeitura não tem outra opção a não ser instalar semáforos em todos os cantos para possibilitar o transito pedestre.... Ora os semáforos são muito mais caros que as faixas além de ser cegas: obrigam os motoristas a parar quando não tem pedestres... Temos logo um comportamento que não é só ilegal, violento e desrespeitoso mas um comportamento muito estupido e contraproducente pois aumenta os custos e acaba atrapalhando o transito!